Americas

Falar no continente americano é, antes de mais nada, falar de um continente marcado pela diferença. Se da América do Norte à América do Sul, há em comum a colonização europeia, o modo como ela se deu - e se combinou, em um processo muitas vezes traumático, com as tradições locais - sugere um panorama culturalmente muito variado, no qual há pontos parecidos, claro, mas também diversas manifestações que merecem ser conhecidas em suas especificidades. O violão talvez seja um guia privilegiado nesse processo de resgate e conhecimento - ainda mais quando tocado por um dos maiores intérpretes da atualidade, o brasileiro Fabio Zanon. Sua escolha de repertório é fascinante. Entre as peças e os compositores mais conhecidos, estão El día que me quieras, de Carlos Gardel; Emboscada, de Paulo Bellinati; Danza paraguaya, de Agustín Barrios; Balada para Martín Fierro, de Ariel Ramírez; Bate-coxa, de Marco Pereira; e Estrellita, de Manuel Ponce. Mas há descobertas fascinantes, como o boliviano Eduardo Caba, o venezuelano Antonio Lauro, o americano Frederic Hand e tantos outros que colocam em perspectiva nossos conceitos sobre o continente.